Em 2005, surge então a possibilidade de participarmos na 2ª edição do Festival Internacional de Dixieland, em Cantanhede. Aquilo que o Miguel e a Sandra puderam experimentar na terceira pessoa, no ano anterior, pudemos agora experimentar na primeira pessoa! E a experiência foi extraordinária! Poder contactar e conviver directamente com pessoas que vivem única e exclusivamente para o Dixieland é a melhor experiência de enriquecimento que podemos ter e, neste festival, isso aconteceu! Durante os quatro dias do festival convivemos com músicos profissionais desde manhã cedo até altas horas da madrugada, pudemos participar em jam sessions, trocar conhecimentos uns com os outros e, claro está, mostrar o pouco que sabiamos fazer. Talvez a nossa humildade estivesse a falar mais alto, depois de vermos as outras bandas tocar. A verdade é que recebemos excelentes críticas e foram muitas as pessoas que nos deram os parabéns.
Neste festival, todas as bandas participantes tinham agendados vários concertos nas diferentes freguesias do concelho de Cantanhede. Deste modo, descentralizava-se o festival e criava-se a oportunidade de mais pessoas ouvirem o dixieland, fazendo-o chegar, deste modo, ao maior número de pessoas possível. Estes concertos eram realizados na praça principal de cada freguesia, havendo uma maior aproximação ao público que, verdade seja dita, era bastante acolhedor. Por diversas vezes, fomos convidados para comer ou beber qualquer coisa no café ali ao lado e, em conversa com as pessoas, estas mostravam curiosidade e até admiração por verem ali uma banda portuguesa! À noite, no recinto de espectáculos, havia concertos que se prolongavam muito para além da hora de encerramento prevista. Era frequente, no final do último concerto, músicos de outras bandas juntarem-se e fazerem jam sessions até ser quase dia (exagerando um bocadinho).
No ultimo dia estava programada uma street parade. Às bandas que participaram no Festival juntaram-se algumas bandas filarmónicas, grupos de dança que recriavam o ambiente vivido em New Orleans, bem como um desfile de carros antigos e charretes. Foram 4 dias inesquecíveis que nos deram outras ideias e outros planos para o futuro da Astedixie Jazz Band.
Foi pela participação neste festival que todos foram unânimes em duas coisas: a primeira, foi que a Astedixie Jazz Band esteve bastante bem neste festival; a segunda, foi que a Astedixie Jazz Band precisava de alguém que tocasse trombone. Para que a nossa sonoridade se aproximasse o mais possível do verdadeiro dixieland era fundamental incluir um trombone na nossa formação.
Quando voltamos a estar presentes? Quem sabe se num futuro próximo...